domingo, janeiro 15, 2012

11ª Edição Seiva da Letras - Dostoievsky - A Árvore na Casa de Cristo

Benvindo ao Seiva das Letras – todo o prazer da leitura.
Estamos em época natalícia, esperamos pois que a harmonia do presépio reina no seio da sua família, em sua casa ou onde quer que esteja.
Aos que nos escutam nos hospitais que o espirito de natal traga melhoras à vossa saúde. E esperança àqueles que estão nas prisões... que saiam de espírito renovado para saociedade e encontrem a paz e a vontade de viver na harmonia e no bem

Paz e amor à todas as almas do Terra.
Pois é, é tempo de Natal e Seiva das Letras não podia deixar de trazer no programa de hoje um Conto de Natal para lermos.
Hoje, todo oprazer da leitura fica a cargo de DOSTOIÉVSKI através do conto “A Árvore de Natal na casa de Cristo”.

Fiódor Mijailovich Dostoievski, é um escritor Russo. Nesceu em Moscovo em 11 de novembro de 1821. A atmosfera familiar da infância de Dostoyevski é marcada por um pai autoritário, médico numhospital para pobres em Moscovo; e por uma mãe considerada pelos filhos como um refúgio e uma proteção do amor. A morte prematura da mãe pela tuberculose em 1831, agrava no pai a depressão e o alcoolismo, o que faz com que Fiódor e seu irmão de Mijaíl, sejam enviados à escola de engenheiros de St Petersburg. É aí que o jovem Fiódor começa a se interessar pela Literatura.
Aos dezoito anos, a notícia da morte de seu pai, torturado e assassinado por um grupo de fazendeiros, esteve quase de fazê-lo perder a razão. Esse acontecimiento marcou-o como uma revelação, já que sentiu esse crime como seu, por te-lo dito inconscientemente.
Tinha 20 anos quando terminou seus estudos. Decidiu então permanecer em San Petersburgo, onde ganhou algum dinheiro fazendo traduções.
A publicação, em 1846, da sua novela epistolar "Pobres gentes", valeu-lhe uma fama ruidosa e efémera, já que suas ob ras seguintes, escritas entre esse ano e 1849, não tiveram nenhuma repercussão, de modo que caiu no esquecimento total.
Em 1849 foi condenado à mortedevido a sua colaboração determinados grupos liberaise revolucionários. Indultado momentos antes da hora fixada para sua execução, esteve quatro anos numa prisão em Sibéria, experiência que relataría mais tarde em Recordações da Casa dos Mórtos.
Já em libertade, foi incorporado num regimiento de atiradores siberianos e contrai matrimónio com uma viúva com pouco recursos, Maria Dmítrievna Isáieva.
Após longo tempo em Tver, recibeu autorização para regressar à San Petersburgo, onde não encontrou nenhum dos seus antigos amigos, nem eco algum da sua fama. A publicação de Recordação da Casa dos Mórtos em 1861 devolveu-lhe a celebridade. Para a escrita da sua obra seguinte, "Memórias do subsolo" (1864), também se inspirou na sua experiência siberiana. Soportou a morte da sua mulher e seu irmão como uma fatalidade inevitável.
Em 1866 publicou "O jogador", e a primeira obra da série de grandes novelas que o consagraram definitivamente como um dos maiores génios da sua época, "Crime e castigo".
A pressão de seu credores levou-o a abandonar a Russia e a viajar indefinidamente pela Europa junto com a sua nova e jovem esposa, Ana Grigorievna. Durante uma das suas viagens sua esposa deu a luz a uma menina que morriria poucos dias despois, o que mergulhou o escritor numa profunda dor.
A partir desse momento sucumbioa tentação do jogo e sofreu frequentes ataques epilépticos. Após o mascimento do seu segundo filho, estableceu um elevado ritmo de trabalho que o permitiu publicar obras como “O idiota (1868) ou "Os endemoniados" (1870), que o proporcionaram uma grande fama e a possibilidade de voltar a seu país, em que foi recebido com entusiasmo. É neste contexto que escreveu "Diário de um escritor", obra em que se erige como guia espiritual da Rusia e reivindica um nacionalismo ruso articulado em torno da fé ortodoxa e oposto ao decadentismo da Europa occidental.
Em 1880 apareceu a que a próprio escritor considerou sua obra prima, "Osirmãos Karamazov", que condensa os temas mais característicos da sua literatura: agudas análises psicológicas, a relação do homem com Deus, a angustia moral do homem moderno e as aporías da libertade humana.
No mesmo ano participa na inauguração do monumento à leksander Pushkin em Moscovo, onde pronunciará um memorável discurso sobre o destino da Russia no mundo. Em 8 de Novembro desse mesmo ano, termina os irmãos Karamazov em San Petersburgo. Morre 9 de Fevereiro de 1881.

Aprecie então o Seiva das Letra... Lá fora cintilam as iluminárias de Natal, as montras brilham com presentes, e o friozinho da rua enche-nos de vontade de chegarmos a casa e sentarmo-nos com a família à volta do presépio e da árvore de Natal.Pois bem acomoda-se, põe o volume do seu rádio num tom certo e aprecie a leitura deste conto de Natal.

A música que hoje nos acompanha nõ podia deixar de ser... "Hoje é Natal" Letra, música e voz do Saudoso Manuel de Novas.