Vejo ainda na miragem dos tempos
O meu bairro singelo da infância.
Ouço ainda a voz menina
Ecoando no céu soalheiro
Cheiro ainda a terra abatida
Onde plantei suor nas brincadeiras de “hands up”
Sabe-me ainda o gosto mágico da cachupa
Tacteio ainda no vão da minha imaginação
O semblante franzido da minha da minha avó
Pasmada no tempo dos mitos.
Faro, 2001
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