domingo, junho 09, 2013

33ª Edição - Gaston Leroux - O Fantasma da Ópera


Olá, bem vindo ao Seiva Das Letras! Hoje vamos ler para si um trecho de O Fantasma da Ópera, este romance magnífico do francês Gaston Leroux. Vai poder ainda ouvir uma das músicas extraídas do filme com o mesmo nome baseado no livro. Difícil foi escolher o trecho para lermos dado a beleza deste livro no seu todo”. Mas não temos tempo aqui, para além de um trecho. A Obra “Le Fantôme de l'Opéra” (O fantasma da ópera ) Publicada pela primeira vez em 1911, foi desde então adaptada inúmeras vezes ao cinema e atuações de teatro. Atingiu o seu auge ao ser adaptada para a Broadway, por Andrew Webber, Charles Hart e Richard Stilgoe. O espectáculo bateu o recorde de permanência na Broadway (superando Cats), e continua em palco até hoje desde a estreia em 1986. É o musical mais visto de sempre, e a produção de entretenimento com mais sucesso que alguma vez existiu.

Na obra original de Leroux, a ação desenvolve-se no século XIX, na Ópera de Paris, um monumental e luxuoso edifício, construído entre 1857 e 1874, sobre um enorme lençol de água subterrâneo. Os empregados afirmam que a ópera se encontra assombrada por um misterioso fantasma, que causa uma variedade de acidentes. O fantasma chantageia os dois administradores da Ópera, exigindo que continuem lhe pagando um salário de 20 mil francos mensais e que lhe reservem o camarote número cinco em todas as atuações. Entretanto, a jovem inexperiente bailarina (e mais tarde cantora) Christine Daaé, acreditando ser guiada por um "Anjo da Música", supostamente enviado pelo seu pai após a sua morte, consegue subitamente alguma proeminência nos palcos da ópera quando é confrontada a substituir Carlotta, a arrogante Diva do espetáculo. Christine, que recebe aulas de canto do fantasma, conquista os corações da audiência na sua primeira atuação, incluindo o do seu amor de infância e patrocinador do teatro, o Visconde Raoul de Chagny. Erik, o Fantasma, vive no "mundo" subterrâneo que Christine considera um lugar frio e sombrio, onde ela percebe que o seu "Anjo da Música" é na verdade o Fantasma que aterroriza a ópera. E mais não conto para poder ir descobrir por si, se ainda não leu o livro. Tanto o Livro, como o filme e os musicais podem ser encontrados na Internet.


Quanto ao autor do livro, Gaston Leroux, foi um bon vivant.., desistiu do curso de Direito e foi trabalhar como jornalista no L’Écho de Paris; usou seu amor ao teatro para escrever críticas e seus conhecimentos de tribunal para cobrir julgamentos. O sucesso foi imediato e logo ele estava ganhando muito mais no jornal Le Matin. Leroux virou uma celebridade, descrevendo como era ficar na beira do vulcão Vesúvio em erupção, o massacre dos arménios pelos turcos, os motins do mar Negro, um encontro secreto do Czar com o Kaiser Guilherme II. Embora apaixonado por sua profissão, certa noite, ao ser acordado às três da manhã pelo editor, que o mandou pegar um comboio para Toulon para escrever sobre a explosão de um navio de guerra, mandou tudo pelos ares. Era 1907 e ele declarou ao tal editor que desistia do jornalismo e se tornaria romancista a tempo inteiro. O seu primeiro livro, “busca dos tesouros da manhã”, foi publicado em 1903. Mas foi com a publicação de “O mistério do quarto amarelo”, que se decidiu mesmo ser um escritor para valer. Outro de seus livros, são: O rei do mistério, A poltrona assombrada, A boneca sangrenta, O coração roubado e o mais famoso de seus livros, O fantasma da Ópera. Ao sair, em 1911, não chamou grande atenção. Mas depois virou um grande sucesso e levou muitos escritores populares a imitar seu estilo vivo e jornalístico, sua magistral forma de utilizar a pesquisa histórica de maneira leve e interessante. Leroux viveu o bastante para desfrutar a fama renovada trazida pelo filme. Nos seus últimos dias, morou na rua Gambetta, num casarão chamado Palácio da Estrela do Norte. Em 15 de abril de 1927, morreu em conseqüência de complicações de um ataque agudo de uremia, depois de uma operação. Deixou ainda um romance, A mansarda de ouro, publicado postumamente.

Sem comentários: