domingo, junho 09, 2013

32ª Edição - Zofia Kossak - O Rei Leproso


Ora Viva!! Estamos levando até si mais um cálice de Seiva das Letras – todo o prazer da leitura.
Hoje trouxemos para ler “o Rei leproso” também conhecido como “o Santo Sepulcro”, da escritora polonesa Zofia Kossak.
Antes da leitura vamos a música. Para ouvirmos “Vide Cor Meum and death Baldoino IV”. Música dedicada ao Rei Leproso - Baldoino IV Rei Cristão em Jerusalém, durante as cruzadas. O Rei que fez diplomacia com Saladin - O Grande - Rei dos Mulçumanos. Baldoino era conhecido como o Rei Leproso, devido a doença que o atingia. Boa Escuta!!


Zofia Kossak nasceu em agosto na Polônia e estava destinada a ser uma das mais importantes escritoras polonesas e um exemplo de vida. Antes da II Guerra, participou do grupo literário Czartak, fundado por Emil Zegadłowicz, e escreveu para a imprensa católica. É deste período o livro Conflagração, sobre a Revolução Russa de 1917. Em 1936 recebeu a Láurea de Ouro (Zloty Wawrzyn). Destaca-se entre os melhores autores de romances históricos poloneses. O que não é pouca coisa, se lembrarmos que entre eles figuram Henryk Sienkiewicz (autor de Quo Vadis e prêmio Nobel de literatura) e Józef Ignacy Kraszewski, autor de mais de 200 obras. Entre seus livros mais conhecidos: Krzyżowcy (Cruzados, 1935), Król trędowatu (Rei Leproso, traduzido ao inglês como The Leper King e ao português como O Santo Sepulcro, 1936), sobre as cruzadas; e Bez oręża (Sem Exército, traduzido ao inglês como Blessed are the Meek e ao português como Bem-Aventurados os Humildes, 1937), sobre Francisco de Assis. De 1939 a 1941 co-editou Polska zyje (Poland Lives- A Polônia Vive) e em 1941 co-fundou a organização católica Frente para o Renascimento da Polônia e editou seu jornal, Prawda (Verdade). Apesar de ser procurada pela Gestapo, expôs-se ao ajudar os judeus, motivada por seus valores morais, humanitários e patrióticos. Encarava as ações alemãs, disse, “como uma ofensa contra o homem e Deus, e suas políticas como uma afronta aos ideais que esposava para uma Polônia independente”. No verão de 1942, quando começou a liquidação do Gueto de Varsóvia, Zofia publicou um documento que se tornou histórico: Protesto — impresso clandestinamente e do qual foram distribuídas 5.000 cópias. Nele descrevia, em termos candentes, as condições de vida no gueto, as circunstâncias horríficas em que as deportações estavam a se dar. Em 1943, foi presa. Levada primeiro para a prisão de Pawiak, dali para Auschwitz, onde foi mantida no campo de concentração adjacente àquele para o qual os judeus eram enviados, condenados ao extermínio. Foi liberada graças aos esforços da resistência. Voltou para Varsóvia e para a resistência. Em fins de 1944, participou do Levante de Varsóvia. Após a guerra, preferiu emigrar para a Inglaterra a viver sob o regime comunista polonês instaurado. Em 1957, ao término do período estalinista, voltou à sua pátria. Após a guerra, Zofia publicou Memórias do Campo, descrevendo suas experiências em Auschwitz; publicou ainda um livro sobre a família Kossak e em 1952 Alliance com temas bíblicos. Escreveu também livros para crianças e adolescentes. Faleceu em abril de 1968.

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